sexta-feira, 29 de maio de 2009

PINHEIRAL - 03-04-05-MAIO-1985

PINHEIRAL - 03-04-05-MAIO-1985


Como a Luciana (Cocada) diz na ata, esse foi o "primeiro Pinheiral da Nova República".
Possivelmente os jovens de hoje não entendam o que significou isso. Talvez até alguns que lá estavam conosco também não tinham noção, em função da pouca idade, do significado desse evento.
Após anos de chumbo, de ditatura, do AI-5 e do decreto-lei 477, Tancredo Neves tinha sido eleito Presidente da República.
Foi ele que usou a expressão Nova República, para cunhar os novos tempos que esperava viver.
Pena que tenha morrido dias antes desse Pinheiral, em 21 de abril. Sarney era o presidente e, apesar de tudo, tínhamos esperança de que tempos melhores estavam por vir.
Em Pinheiral, também muitas mudanças estavam por ocorrer.
Quem viveu no Colégio naquela época deve lembrar: falavam até em vender a propriedade.
O diretor era o Pe. Paulo e, desde o final de 1984, muitas situações de desconforto estavam ocorrendo.
O Irmão Evaldo, que coordenava a casa, tinha sido removido para Roma (e já tinha ido, quando foi realizada essa primeira atividade na casa naquele ano). O "seu Lavinho", que trabalhava como caseiro (desde há muitos anos - morava naquela casa ao lado, lembram-se?!) tinha sido demitido. Assim como as cozinheiras, dona Maria (sua esposa), Cecília e dona Almerinda. As saídas deles não foram tão "calmas", como propalado na época.
Alguns deles desabafaram comigo, mas eu era apenas mais um empregado do colégio, sem nenhum poder de mudar algo - até porque todo o trabalho que fiz em Pinheiral, levando alunos, foi por puro prazer. Jamais recebi recompensa financeira em troca - mas, podem ter certeza, ganhei muito indo a Pinheiral tantas vezes!
E o Pe. Guido tinha acabado de sair do Colégio, de uma maneira que ele certamente não gostou.
Antes de começar as aulas, em fevereiro, fui convidado a ir a Pinheiral juntamente com o Professor Vitorino, nosso diretor acadêmico . Segundo ele, para tentarmos verificar como os trabalhos na casa poderiam continuar.
O Zé Carlos, morador de Pinheiral, foi contratado para ser o responsável pela casa e as cozinheiras eram contratadas por atividade, mudando a cada semana, perdendo um pouco daquela identidade de família que tínhamos com as anteriores.
Mas, fazer o quê!! Pelo menos a casa continuou funcionando.
Hoje lembro com muita alegria desse Pinheiral, pois já sabia que meu ciclo estava acabando. Embora não fosse meu objetivo sair do Catarinense, sabia que era inevitável. Já tinhamos um projeto de fundar uma escola, o que veio a ocorrer no final daquele ano, com a fundação do Colégio Geração. Consegui continuar no Colégio Catarinense até julho de 1987 - e ainda levei duas turmas a Pinheiral após a saída - em fevereiro e em julho de 1988.
Depois, outros continuaram a fazer nossas atas.

A seguir, as atas desse Pinheiral, escritas por queridas e inesquecíveis ex-alunas, a Cocada, a Fabiana e a Lorena. Com a participação da querida Durieux.
Quantos nomes inesquecíveis aparecem na lista de participantes!!!
Que bom, sentir saudades!!

E, em breve, quero convidar vocês, queridos amigos, para mais uma dessas atividades, aguardem!!!!

Abraço a todos!

Edson Cebola

ATA DO DIA 3 DE MAIO DE 1985

Luciana Pinto (Cocada)




ATA DO DIA 4 DE MAIO DE 1985

Fabiana Brito Lopes








ATA DO DIA 5 DE MAIO DE 1985

Lorena Castro Schmitt






COMENTÁRIO
Shirley Mary Durieux


PARTICIPANTES