terça-feira, 25 de maio de 2010

PINHEIRAL -21-22-23-MAIO-2010

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PINHEIRAL DE EX-ALUNOS
21-22-23-MAIO-2010

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Por: Edson Osni Ramos (Cebola)

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Por

E novamente fomos a Pinheiral!
Que coisa maravilhosa chegar àquela casa que tantas lembranças nos trás!
Chegamos na 6ª feira, 21 de maio, pelas 23 h.
Vários já haviam chegado antes – o Murilo (Veiga) tinha às 16:00 h, e as conversas estavam animadas, com sorrisos e lembranças.
Alguns de nós não nos víamos a bem mais de 20 anos. Porém, parecia que tínhamos nos encontrado ainda na semana passada.
Minha preocupação era de que os cônjuges e filhos, que não conheciam Pinheiral, não se sentissem a vontade. Pois dos “veteranos”, tinha convicção de que “estariam em casa”.
Mas, creio que todos ficaram satisfeitos com a atividade. E, talvez, os cônjuges e filhos puderam entender nossa alegria (e melancolia, as vezes), quando falamos em Pinheiral.
Na 6ª feira, ainda, fizemos a “reunião da noite”.
A casa está diferente, as acomodações são outras (muito melhores) e até mesmo a antiga sala de reuniões não mais existe (virou dormitório – assim como a antiga sala de jogos). Mas existe uma nova sala de jogos e reuniões, em uma estrutura construída no piso superior onde antes era o “poço”.
Fizemos a reunião em um ambiente físico muito agradável, onde antes eram os vestiários.
No começo da reunião, algumas piadas e alguns comentários desconexados, como sempre. Porém, a dinâmica do grupo foi tal que o pessoal passou a depoimentos, a colocações muito interessantes, externando a alegria do encontro e o que representava Pinheiral na vida de cada um de nós.
Foi emocionante!
Algumas lembranças de outros Pinheirais, com histórias e lendas que encantaram a todos. Mesmo com o Jorge dizendo que eu era “massacrador” de alunos, mas que isso era bom para o crescimento humano deles (não sei se ele estava me xingando ou elogiando – rsrsrs). E a Pulga, que emocionou a todos com suas palavras, também disse que eu “manipulava no bom sentido” a turma para a realização das atividades. Depois passou uns 20 minutos tentando me convencer de que o “manipulava” era algo bom (rsrsrs).
Durante a reunião, ganhei um “apito” – havia deixado o meu em casa , mas que fique bem claro que era desprovido da “cordinha”, lembram-se?!!
A reunião acabou com o Douglas (Narciso) tocando e cantando “Nas manhãs do Sul do Mundo”, do Grupo Expresso Rural, que fez parte de bons momentos de nossas vidas (Viva o Petry, o Marquinhos e os demais!).
Fomos dormir muito tarde, depois da carne assada na churrasqueira – Marcos (Colombi – esposo da Rosália) e Mauro (esposo da Sandrinha Portuguesa) foram os assadores.
Tantas eram as lembranças e histórias que, para muitos, o sono e o cansaço foram deixados de lado
O sábado amanheceu chovendo, mas não estávamos nem aí para isso, continuando as atividades.
O inusitado foi que pude proporcionar uma alegria a um querido amigo: o Fabinho (Shaeffer) foi quem me acordou – algo absolutamente inédito em todos os Pinheirais em que ele foi conosco. Entrou atabalhoadamente no nosso quarto gritando: “tá hora, como é que é?!”.
Acordei com a Bena (Beatriz, minha filha – 14 anos) dizendo: “pai, tira esse maluco no quarto!”
Depois do café, papos e mais papos. E uma sensacional partida de “escudo”, no ginásio, reunindo o grupo.
O destaque foi o Marcos, estreante em Pinheiral, esposo da Rosália. Seu sorriso sádico querendo atingir uma “bolada de meia” na gurizada foi sensacional (entenda-se por gurizada os adultos e mesmo as crianças que estavam jogando). Lembrava delicadas figuras do passado, como o Choxo e o Sapo.
Depois, um voley misto, com dois jogos que contaram com a participação de muitos pais e filhos.
E muito papo, muita conversa! Com gente andando (ou tentando) de perna-de-pau ou simplesmente olhando tudo aquilo.
O almoço foi o de sempre: carne assada de panela, salada de repolho com tomate, farofa e arroz com feijão. E estava ótimo. Inclusive o k-suco (o mesmo de sempre), formidável bebida ingerida pela primeira vez pela querida Desirée, uma das filhas da Adriana Füchter, que achava que era “suco de gelatina”. E que estava ótimo!!
A tarde, fomos até a Galícia. Alguns a pé, como sempre, outros de carro (como eu!). Compramos vinho, suco de uva e queijo, lá no Rubik, como sempre.
Estranha era a sensação da Ana Cristina (Rodrigues), que dizia para seu marido Gilson (Chicatto, estreante em Pinheiral): “antes tudo parecia tão grande e tão longe, agora parece mais perto e menor”.
Querida “crescemos”, seja lá o que isso quer dizer!!! Ahahah
Difícil foi o Frango (Rafael Zanelatto) explicar para a Patrícia (Mariot), sua esposa, por que comprou um frasco de vidro, todo estranho, com capacidade para 40 litros. Ele disse que era para colocar butiá. Amigo, quarenta litros de butiá?!!!!
Depois, velhos álbuns de fotografias e muitas outras histórias nos embalaram até às 18:30 h, quando lanchamos – cachorro quente (os tempos estão mudados realmente!). Claro que tinha também o indefectível “pão de casa” com mussi e queijo. Tudo acompanhado daquele café com leite de Pinheiral.
A noite, outra programação envolvendo a todos – adultos, jovens e crianças: bingo, com “prendas” levadas por nós mesmos.
Foi bem legal o bingo, com muitas risadas. E, ao final, uma breve reunião onde entregamos a cada família participante uma lembrança de Pinheiral – uma medalha com a logomarca de Pinheiral, gentilmente fornecida pelo Colégio através do Pe. Carlos, responsável pelas atividades em Pinheiral (o Ir. Evaldo continua lá, responsável pela casa).
Depois, um javalizinho assado (afinal era javali ou ovelha?! rsrsrs) por “esse que vos fala”. Na verdade, só levei e temperei a carne, quem assou mesmo foram o Mauro e o Beto Canto (que tinha ido comigo a Pinheiral apenas uma vez, em 1979, quando já não mais era aluno do Colégio).
Depois das cantorias, do dominó (continuo com meu sonho de perder um a partida de dominó em Pinheiral, mas não foi dessa vez – ahahah) e do truco, o pessoal foi gradativamente “apagando”.
O domingo amanheceu chuvoso novamente – não mudou durante todo o dia.
Mas, nossa programação continuou: uma caminhada ao fundo do pasto, passando por lugares tão presentes em nossa memória. O campo do presidiário está desfigurado – mudaram a topografia do local, com aterro e tanques para criação de peixes, que foram abandonados – era bem mais bonito. O “cemitério do presidiário” continua no mesmo lugar, bem como o riozinho onde a Pulga quase se afogou em julho de 1983 – foi salva pelo Frango e pelo Siqueira.
O “panelão” e o “vale do sabiá” não mais existem, totalmente desfigurados que foram.
Seguindo a caminhada, ladeando a floresta de pinus que lá foi plantada, os olhos do Silvio (Bleyer) detectaram, no meio dos pinus, uma cena bonita: cogumelos que pareciam os de “Alice no País das Maravilhas”. Lindos, porém venosos.
Passamos pela antiga “malha de agrião”, como dizia o Pe. Guido, indo até o “acampamento”. A bica de bambu não mais existe (eu não vinha a este local de Pinheiral desde 1987). Mas as folhas de “taiá”, para tomarmos água ainda crescem por lá. Claro que tomei água do riachinho usando as folhas.
Muita emoção, muitas lembranças. De fatos do passado, de amigos que não mais podem estar lá conosco – fisicamente, pois em espírito tenho a convicção de que estavam. Lá pensei no Joel (Fedelho), no Siqueira, no Cego (Maurício Floriani).
Conversei com o Otávio (Vaz) sobre isso!
Que saudade!!!
Voltamos da caminhada com uma chuva chata, a maioria de nós com a roupa suja de lama, mas, certamente, felizes!
Depois o churrasco do almoço de domingo. Que não é mais o Evaldo que faz, mas um empregado da casa. O Evaldo só olha! rsrsrs
Após o almoço, as fotos. Muitas fotos. Com muitas máquinas!
Talvez um dia inventem a internet, para que um ou dois batam as fotos “comuns a todos” e as repassem via sistemas de informática! rsrsrs
E havia chegado a hora de voltarmos.
Em grupos de quatro ou cinco carros o pessoal foi iniciando o retorno.
Fui o último! Ainda passei na casa da Dona Almerinda, que foi cozinheira da casa até 1984 – na época do “Seu” Lavinho, da Dona Maria e da Cecília.
Ela ficou muito feliz em me ver. Ela está com 76 anos e perguntou pelo Guimarães, pela Rute Blasi e pela Bete (suponho que seja a Kinceler).
E, como sempre, graças a Deus, chegamos em casa roucos, com dor em tudo quanto é músculo, com as roupas todas sujas e/ou molhadas, mas com aquele gostinho de “quero-mais”, que tantas vezes sentimos após um Pinheiral!

Valeu, amigos. Valeu Guto e Jorge, pela organização e empolgação.
Vocês são ótimos!
Agora, como disse o Caio, sempre teve o churrasco pós-Pinheiral. Então mãos-a-obra.
Para já começarmos a organizar (ahahah) o Pinheiral do ano que vem.

Para finalizar, perguntaram se Pinheiral é um lugar? Claro que não, é um “estado de espírito”!
Como sempre dizia o Débil (Fogaça), o “espírito de Pinheiral”!

Participaram do Pinheiral:
Guto Alpersted (Cogumelo), Graziela e Henrique;
Fabinho Schaeffer, Rejane (Lobo), Marina e Luiz Felipe;
Jorge Lima, Adriana, Maria Clara e João Pedro;
Edson Ramos (Cebola), Mariza e Beatriz (Bena);
Douglas Narciso e Karoline;
Otávio Vaz, Cleide e Gabriela;
José Roberto (Beto) Canto, Cléo e Rafael;
Gilson Chicatto e Ana Cristina (Rodrigues);
Adriana Füchter, Morgana e Desirée;
Cláudia Kalafatás (Pulga);
Rafael Zanelatto (Frango), Patrícia Mariot, Júlia e Gustavo (aniversariante do dia 21);
Mauro e Sandra Oliveira (Portuguesa);
Caio Salvino, Ana Paula, Carolina e Gabriela;
Aldo Nienköetter, Bruno e Thiago;
Marcos Colombi, Rosália e João Pedro;
Silvio Bleyer, Cláudia, Lui, Jorge e Gustavo;
Murilo Veiga.

E, durante o sábado, recebemos a visita do Arthur Simone e o Wallace Lobo (Valinho), que passaram o dia conosco.

QUEM NÃO FOI, PERDEU!!!!!

AINDA NESTA SEMANA COMEÇAMOS A PUBLICAR AS FOTOS!

domingo, 9 de maio de 2010

PINHEIRAL: palavra mágica

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PINHEIRAL: palavra mágica
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Pinheiral: palavra mágica para alunos do "colégio" (Catarinense).
Isso era um fato incontestável no final dos anos setenta e início dos anos oitenta. Claro que os pais não entendiam exatamente aquela mística do "pinheiral".
O que tinha aquele lugar que tanto fascínio exercicia nos alunos daquela época?
Talvez agora o fascínio continue o mesmo, porém nós, adultos e saudosistas, não consiguimos entender, tal qual nossos pais anos atrás.
Um ônibus de péssima qualidade, quando não um caminhão de "pau-de-arara" levava os alunos para a "colônia de férias" do colégio.
Um grupo de dirigentes que, não raras vezes, eram rudes e grosseiros (e isso inclui os veneráveis jesuítas que participavam do processo) coordenava os trabalhos. A comida era de qualidade no mínimo duvidosa. E as acomodações, como direi, precárias.
Mas, era uma atividade impregnada de um "espírito" que transcedia o "explicável", e que ficou impregnada na retina (e no coração) de muitos. E também em nossa memória afetiva.
Quem de nós, que conviveu com o Pe Guido Sthäl (Guidão) ou com o Pe. José Montenegro esqueceu dos mesmos? Claro que lembramos com carinhos desses gigantes jesuítas, que dignificaram seus sacerdócios! E, depois, não podemos esquecer do "ermão Evaldo", como diziam os "pinheiralenses".
Hoje, quando leio nos jornais notícias terríveis sobre a Igreja de Roma, sobre padres que não dignificam seus sacerdócios, lembro do Montenegro e do Guidão. Assim permaneço acreditando na humanidade!
Sou um misto de cristão e judeu, alguma coisa híbrida, mas creio em Deus. Não me importa o nome com o qual a gente se refira a Ele. Mas sei que se a gente pensar nos trabalhos realizados pelo Guido e pelo Montenegro, certamente pensaremos :"Deus existe!". E esses "caras" são representantes Dele junto a nós!
Fui a Pinheiral muitas vezes. Como aluno e como professor do Colégio Catarinense. Tive como referêncial, enquanto aluno, principalmente o Pe Guido, o Guidão. Mas também lembro com muito carinho de outros, que foram importantes em minha formação como indivíduo. De alguns, que foram como dirigentes quando fui como aluno, ainda lembro o nome. Os a época jesuítas, não sei se ainda permanecem: Pauli, Pedro Gomes, Atalíbio Schneider (o Ataliba), João Gonzaga, Balduíno, Salézio, Ivo Hoffmannn, etc.
De todos, lembro com carinho. Com alguns convivi mais, com outros, menos. Alguns, consegui manter contato tempos depois, como o grande Salésio. Um indivíduo absolutamente espetacular, com um coração enorme. Muitas vezes entrei em choque com ele, provavelmente ele não vai lembrar, se ler essas linhas, mas eu lembro com saudade. Muito aprendi com todos esses. Citei o Salésio porque todos diziam que eu era tão "grosso" quanto ele (que bobagem, sempre fui mais, rsrsrs!). Ele era aquele indivíduo que todos nós, adolescentes com doze ou treze anos, tínhamos como referência. Como o João Gonzaga era no que se referia ao esporte - meu ídolo no Colegial. Mais tarde vieram o Pedro Gomes, o Mira, que já faleceu, e outros.
Depois tive vários companheiros inesquecíveis, nos muitos Pinheirais que participei como professor do Colégio Catarinense
E aqui uma homenagem a Mariza, minha companheira desde 1981, quando casamos - na época ela, que foi minha aluno no Catarinense, tinha 19 anos e eu, 24. Sempre entendeu meu fascínio pelo Pinheiral - e sempre foi junto comigo, mesmo depois do nascimento de nossa Giselle, em dezembro de 1982.
Também minha eterna gratidão aos queridos amigos que auxiliaram na coordenação da turmas que levei como responsável. Além do Pe. Guido, os meus ex-alunos (e inesquecíveis amigos) Fedelho (Joel Gomes Filho - neto do Major Gercino, que deu nome ao lugar) e Siqueira (Paulo Roberto Siqueira), precocemente falecidos.
É impensável, aos participantes dos "Pinheirais" da segunda metade dos anos setenta e primeira metade dos anos oitenta, falar em Pinheiral e não lembrar deles.
Ainda cito outros "gigantes", que mantiveram o "espírito" do Pinheiral e que dedicaram muitos de seus finais se semana, mesmo após deixarem de ser alunos do Colégio Catarinense, a acompnharem alunos na atividade. Mesmo sem nenhuma remuneração financeira, mas pela alegria do trabalho em si.
Cito o querido Murilo Veiga, hoje médico geriatra, com um coração tão grande quanto seu tamanho, que muito participou dos "nossos" pinheirais. E, ainda, o Sapo (Gabriel Pereira Filho), a Grazi (Dias Alpersted), o Cogumelo (Carlos Augusto Alpersted = Guto), o Paulinho (Paulo Mussi), o Raulzinho (Gomes Filho - que de há muito não tenho contato), o Débil (Marcelo Galvão Fogaça de Almeida), o Giba, meu irmão - (Gilberto José Ramos), o Édio Assis Füchter (hoje empresário bem sucedido e campeão de rallye - que tem uma história memorável, de um tombo no dormitório, que um dia vou contar a vocês) e outros.
E não posso esquecer a história do então Frater João, hoje Pe. João Cláudio, diretor Geral do Colégio Carinense. Pois em (acho!) 1971 o (então) Frater João auxiliava o Pe. Guido em uma "turma de pequenos" em Pinheiral. Ficávamos de 27 de janeiro a 17 de fevereiro, só meninos. Eram férias inesquecíveis!
A turma era dividida em quatro equipes e havia um campeonato "de tudo". Desde futebol de campo (1º e 2º times), voley, basquete, futebol de salão (nada de futsal, para nós era futebol de salão mesmo - e não valia gol de dentro da área). Também havia "dedão", "ataque a casa", "acampamento", "caçador", "presidiário" e outros.
Pois na turma dos pequenos de 71, o vencedor do "Pinheiral" seria decidido em um jogo de basquete. Por incrível que pareça, se nossa turma vencesse o jogo final, contra a turma do Neto (Hipólito do Vale Pereira Neto), hoje um grande educador (pedagogo e diretor do curso de pedagoria da Udesc) por seis pontos de vantagem, venceríamos a competição de basquete e, consequentemente, o "Pinheiral".
Quando faltavam uns 10 segundos para acabar o jogo, estávamos dois pontos à frente e nossa equipe pediu "tempo". Vimos que havia, para nós, uma única chance. A bola estava conosco, em nossa quadra - os adversários haviam marcado cesta. Peguei a bola e, no tempo restante, fiz uma "cesta contra", empatando o jogo.
Acho que foi a única vez na história do basquete mundial em que alguém fez uma"cesta contra".
Claro que queria empatar o jogo e, na prorrogação - necessária em qualquer jogo de basquete que termina empatado - tentar ganhar o jogo com seis pontos de vantagem, e ganhar o "Pinheiral".
O Fr. João me expulsou - concordei: atitude anti-desportiva - deveria, então ser susbstiuído por outro da equipe, conforme a regra vigente.
Mas ele encerrou o jogo. Creio que foi o único jogo de basquete da história do esporte que acabou empatado.
Isso, só em Pinheiral!!!


A seguir, foto de "PINHEIRAIS" do querido Jorge Lima, dos anos 1982 e 1983!




Foto 1 - Pinheiral da Enchente - julho/83 - Atrás, da esquerda para a direita: Simone Espíndola, Roseana Rilla e Joyce Koerich. Depois, Kitty Alpersted, Aninha Berenhauser e (?). Na frente: Graziela Dias (Alpersted), Mônica Morro (Lemos), Karla Stefani (Cardoso) - com minha Giselle no colo, Giovana, Guta e Karoline.




Foto 2 - Pinheiral da Enchente - julho/83 - Maria Regina Borba, Roseana Rilla, Cláudia Ferro Kalafatás (Pulga), Guta Probst e outras . Por favor, ajudeno-nos a identificar as demais.

Foto 3 - Pinheiral - maio/83 - Joyce Koerich, Cristina Gadelha, Otávio Vaz, Graziela Dias, Stela Prats, Pe. Luiz Fernando e outros. Por favor nos auxilie: quem são os outros?





Foto 4 - na primeira fila: Zé Valério Medeiros, Simone Keller, Sandrinha (acho), Fabinho Schaeffer, Adriana Reitz, Joyce Koerich e Carlos Montenegro (Sabiá). Na segunda fila: Andrezza Wolff, Luiz Fernando Lazzarim, Flávia, Otávio Vaz e Marcello Oliveira (Marinheiro - Mery é a mãe!!).
Ainda na foto: Paulo Brincas, Roberto mello, Jorge Lima, Aldo, Carreirão, Mesquita, Cristina Gadelha e outros. Quem são os outros??





Foto 5 - Que saudade!!!






Foto 6 - Teatro em Pinheiral: Andréa Nauck (desde que saiu do colégio não mais tive notícias dela), Lóca (hoje é delegado no interior de São Paulo), Adolar (para onde você olhar sempre verá o Adolar, lembram-se?!!) e outros.




Foto 7 - esta certamente é do Pinheiral da Enchente. o Frango e o Pésão (Prof. Cesar Mauro Cardoso) coordenam a foto.



Foto 8 - Esta foto deve ser de 1982. Na foto: Daniela Ferrarezzi, Rosana Tarnowski, Andréa Nauck, Cláudia (Pulga) Kalafatás e Rosana Andreatta.







Foto 9 - Acho que a foto de de maio de 1983. Presidiário: Cláudia (Pulga) Kalafatás e (acho) Andréa Bonetti.






Foto 10- Como eram lindos nossos Pinheirais?!
POR FAVOR, ALGUÉM ESCREVA IDENTIFICANDO TODOS!!





Foto 11 - teatro em Pinheiral - provavelmente no Pinheiral da enchente - julho/83




Foto 12 - Pinheiral da Enchente - julho/83. Esta é uma foto para a gente guardar no coração.
Cláudia (Pulga) Kalafatás, Graziela Dias (Alpersted) e Adriana Reitz. No fundo, como sempre, Joel Gomes Filho (Fedelho).
















segunda-feira, 3 de maio de 2010

O MELHOR PINHEIRAL DE TODOS OS TEMPOS

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O MELHOR PINHEIRAL DE
TODOS OS TEMPOS
Pinheiral da Enchente - julho/83
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No dia do aniversário de oitenta anos do Pe. Guido (26/04/2009), fiquei conversando com a querida amiga e ex-aluna Silvia Schmidt sobre Pinheiral. Ela disse que foi muitas vezes a Pinheiral, sempre em turmas coordenadas pelo Pe. Guido. Embora tivesse sido minha aluna por dois anos, jamais tinha ido comigo. E disse que era porque sua mãe não deixava.
Fiquei pensando e cheguei a uma conclusão: provavelmente eu também não deixaria meus filhos, quando com quinze ou dezesseis anos, participarem de um Pinheiral comigo coordenando. Claro que comigo naquele tempo, com aquela idade.
A primeira vez que fui a Pinheiral, em 1970, tinha doze anos e era aluno do Catarinense. Participei de uma turma que lá ficou de 27 de janeiro a 17 de fevereiro, com a coordenação do Pe. Guido. Depois voltei muitas vezes, ainda como aluno do colégio.
A primeira turma que levei como professor do Colégio Catarinense, sendo responsável pela mesma, foi em 1978, quando tinha 21 anos.
Seguindo todas as orientações da direção do colégio, lá íamos nós, com uma equipe formada por mais jovens ainda do que eu. Como esperar que os pais, que não nos conheciam, deixassem, sem nenhuma “perda de cabelos”, seus filhos passarem lá um final de semana sob coordenação de pessoas tão jovens?!
Sem dúvida o Pinheiral mais espetacular, e mais perigoso, de todos foi o “Da enchente”, de julho de 1983.
Evidentemente era para ter sido cancelado, mais tudo conspirou para que acontecesse.
Uma semana antes tínhamos perdido nosso primo Marcos Wildner (12/07/83), ex-aluno do Catarinense, da turma de formandos de 81, falecido aos dezenove anos em um acidente automobilístico na avenida beiramar.
Esse Pinheiral seria o último do Luiz Fernando Rodrigues, na época frater jesuíta, que era nosso colega no Catarinense. Ele ia (como foi) fazer o curso de teologia em Roma e, certamente, ficaria muitos anos sem retornar a Pinheiral.
Após esse Pinheiral, somente voltei a ver o hoje Pe. Luiz Fernando em duas ocasiões: em um outro Pinheiral, em 1986 e em 1991, quando eu já não era mais professor do Catarinense. Tenho muitas boas lembranças dele!
Também seria um dos últimos do Geléia (Ewandro Araújo), na época ex-aluno do Catarinense (da turma de formandos 82), cuja família morava no Rio de Janeiro e era aluno do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). O Geléia veio do Rio de Janeiro especialmente para o evento e, realmente, nunca mais foi a Pinheiral.
A turma estava motivada e as reuniões feitas deixaram o pessoal “pilhado”.
Porém, julho de 1983 é sempre lembrado como a época de uma das grandes enchentes de Blumenau e região. Que destruiu muitas casas e deixou muita gente desabrigada.
Também a região de Pinheiral (vale do rio Tijucas) foi afetada.
Na ante-véspera de nossa ida ocorreu um “dilúvio” na região. Na véspera, o Fedelho (Joel Gomes Filho), o Siqueira (Paulo Roberto) e mais um outro (acho que era o Frango) subiram com a missão de ver de era possível levar a turma. Como não havia telefone em Pinheiral (hoje já existe), eles deveriam, no dia em que subiríamos, sair bem cedo de Pinheiral e ir até Major Gercino. De lá telefonariam para minha casa. Conforme fosse, cancelaríamos a atividade.
O combinado era de que se eles não telefonassem, a viagem seria cancelada.
Pois antes das 7 h eles ligaram. Perguntei se estava chovendo e disseram que apenas tinha uma chuvinha fraca. No linguajar do Joel, “apenas uma garoazinha”.
Só que disse algo que me deixou preocupado. Por uma questão de segurança, tinham combinado com o Pe. Guido – que estava em Pinheiral – que iríamos de ônibus até São João Batista e lá pegaríamos um caminhão, lá mesmo de Pinheiral (do Orli) para o restante da viagem. Que não era para me preocupar, que tinham colocado bancos e uma lona no caminhão e que a viagem seria fácil.
E eu quis acreditar nisso, claro!
A Mariza e a minha filha Giselle iriam de carro adaptado para rallye (um Fiat 147), com o Pezão (Cesar Mauro Cardoso), na época professor do Curso Barriga Verde (pré-vestibular), e que já tinha ido conosco a Pinheiral em outras ocasiões. Como o Pezão era piloto, com bastante experiência em trilhas, fiquei tranqüilo (que loucura, na época a Gi tinha apenas sete meses!).
O Joel só não me falou que estava chovendo muito, que havia enchente em todos os lugares mais baixos e que corríamos o risco de ficarmos ilhados.
Disse ele, anos depois, que quando acordou (lá em Pinheiral) e desceu para tomar café, ainda escuro e chovendo muito, encontrou a Cecília (cozinheira da casa), que perguntou a ele se era para fazer almoço para a turma. Antes de responder (que achava que a turma não subiria), o Pe. Guido disse, com aquela voz de quem não admite ser contrariado (todos nós lembramos, não?! rsrsrs): “Cecília, faça comida para 44 pessoas!”
Era a senha. Imediatamente pegou o carro e desceu.
E, claro, contou a história de que a chuva tinha amainado.
No colégio a situação era horrorosa. Vários pais não queriam mais deixar os filhos subirem (hoje, acho que eles estavam com toda razão, na época quase briguei!). Uma mãe disse que eu tinha de cancelar a atividade, que se alguma coisa ocorresse a culpa seria minha.
Nem liguei (que risco, mô-Deus-do-céu). Como não apareceu nenhum diretor do colégio e o único jesuíta presente era o Luiz Fernando (que estava louco de vontade de ir), fomos embora.
Até São João Batista, com o ônibus da “enflotur”, pegamos muita chuva, mas estava tudo em ordem (já era asfalto). Já imaginava que de São João em diante (era estrada de chão batido - hoje tem asfalto até Major Gercino) a coisa não seria fácil.
Em São João fizemos a mudança para o caminhão. Falei com um conhecido lá, que morava em Major, e ele disse que talvez nós conseguíssemos!
Quase voltei dali mesmo!
Seguimos viagem!
Antes de chegar a Major Gercino o caminhão atolou duas vezes.
-"Desce todo mundo e empurra!", era a senha para mais uma festa.
Depois de Major ainda tem os vinte e quatro quilômetros de serra até Pinheiral.
Nem bem o caminão tinha se deslocado uns cinco, o motorista parou e disse que com aquela carga era impossível subir. Então vamos voltar, pensei, mas a Mariza e a Gi já tinham ido com o Pezão.
Um deles deu uma idéia: descemos uns quinze para subirmos a pé. Os demais continuam no caminhão. A maioria queria descer (acho que com medo da viagem). Mandei vários para o caminhão, com meu irmão Giba (Gilberto José Ramos, na época com dezessete anos). E lá fomos nós a pé (ou "de a pé", como dizem alguns).
Pegamos carona em uma carroça (parece piada!). Depois, mais caminhada e o grande susto: ao longe, andando em nossa direção, o Giba e mais uns três, completamente sujos de barro. Pensei que o caminhão tinha tombado. Tinha apenas atolado e eles estavam atrás de alguém que tinha um trator.
Lá fomos nós, agora empiriquitados no trator. O ônibus desatolou. Atolaria novamente no morro da Boa Esperança e no morro do Buião.
Havíamos previsto chegarmos a Pinheiral às 13 h. Eu e mais uns cinco chegamos (depois de outra carona, na carroceria de uma caçamba), lá pelas 16 h.
Pensei que a Mariza fosse me matar, de tê-las exposto aos riscos pelos quais passamos. Mas ela estava calma e achando que tudo havia acabado bem.
Mal sabia ela que nossa saga havia apenas começado.
Foi um Pinheiral maravilhoso e bem mais longo do que o previsto.
A chuva continuou.
Já imaginaram, quase dez dias em Pinheiral (era para ser apenas seis) sem energia elétrica?! Nunca uma turma fez tanta "programação cultural" como aquela. E nunca tanta gente ficou tanto tempo sem tomar banho!
Mas isto já é história, que conto outro dia.
Um abraço a todos que conviveram conosco naquele Pinheiral!
E a todos que um dia foram a Pinheiral!
E obrigado ao Pe. Guido, por todos os ensinamentos!
Prof. Edson Osni Ramos (Cebola)
A seguir, fotos da viagem, cedidas pelo querido amigo Jorge Lima.

Foto 1 - No caminhão, na ida: André Emílio Santos Sada.

Foto 2 - Com olhar assustado, Douglas Narciso. Ao lado, Jorge Lima e Cristiano Carioni. Por favor ajudem-nos a identificar os demais.

Foto 3 - Patrícia Mariot (hoje Zanellato), já com o chapéu do Frango (a coisa é antiga) e Simone Keller (hoje Füchter), ainda no ônibus. Na rua: chuva e mais chuva.


Foto 4 - Edson Cebola (parei de fumar no ano seguinte), Raul Cherem, Marcelo Galiberne Ferreira, Roger Faria (Biguaçu), Kaloline Meyer (será que agora posso chamá-la de Karolaine? rsrsrs), Rogério Cordeiro e Jorge Lima.



Foto 5 - Eduardo Chaves (Tabaquinho - que dificuldade lembrar o nome dele num dia em que estava conversando com sua mãe. Não ia me referir ao seu filho como Tabaquinho, claro! rsrsrs), Edson Cebola (a barba somente foi retirada dez anos depois, em 1993), Raul Cherem, Marcelo Galiberne Ferreira, Roseane Rilla, Joyce Koerich, Jorge Lima e Reitz (acho que é Rodrigo).




Foto 6 - ainda no ônibus, Alexandre Neves (primo do meu amigo João).





Foto 7 - Foto batida do caminhão: água para todos os lados.


Foto 8 - Que viagem!!


Foto 9 - O início da viagem de volta: novamente o caminhão! Agora seguido pelo fiat do Pézão.
Na foto, Luiz Fernando Lazzarim, Patrícia (com o chapéu) abraçada ao Frango (é realmente coisa antiga!), Roseane Rilla, Mônica Morro, Graziela Dias Alpersted, Roberto Melo, André Emílio e Reitz.