segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O ESPÍRITO CONTINUA

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O "ESPÍRITO" CONTINUA
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Para quem foi a Pinheiral nos "velhos tempos", é bom saber que o fascínio continua!
Claro que as pessoas são outras, as idéias são outras, mas o Espírito tende a permanecer.
E até algumas das velhas brincadeiras continuam, como o presidiário, o escalpe, o jogo de escudos, etc.
Continuam até as mesmas questões cretinas da gincana de domingo, lembram-se? Trazer um “seixo rolado”, “um quartzo róseo” e “uma flor de vaca seca”.
Claro que outras foram esquecidas, pois além do Siqueira ninguém mais iria querer trazer um porco vivo (na ocasião em que o Paulinho Mussi nocauteou o porco - soco na cara - do vizinho Ângelo Sens (1982).
Também não mais sabem o que é o “telefonema para o céu”. Não sei se ainda fazem o jornal mural e o teatro – do inesquecível jogo de truco de 1984, conde a dupla Débil-Fedelho, aos gritos de “milagre!” pegaram, de uma só vez, seis “gatos”. É, todas eram “manilhas” de “paus”.
Milagre mesmo!!! Ahahaha!!!
E o futebol da idade da pedra? Onde o consagrado Edgar (Gai) e o Dutschi surpreendiam.
E a partida que terminou empatada em tudo, sendo que após 10 de cada lado baterem os penaltes, sobraram o Ewandro (Geléia) de um lado e o Pille (Mário) do outro. Um queria saber “quem era a bola” e o outro “onde ela era ligada na tomada”. Mas eles foram lá e cobraram os penaltes (não lembro quem venceu). Eram dois indivíduos absolutamente cultos e “de grupo”, que mesmo sem noção de futebol, estavam lá, correndo e participando.
Lembranças, lembranças...
Certa feita estava apitando uma partida de futebol no campo da vila (agora tem o campo da casa), debaixo de chuva. Jogar na chuva é uma festa, porém, pior do que apitar a um jogo com chuva, só mesmo ficar de bandeirinha. E lá estavam o Siqueira e o Joel, “bandeirando”. Cada qual em uma metade do campo, porém os dois do mesmo lado. Fui perguntar o “por quê” disso e o Fedelho, na maior cara-dura, explicou que era porque estavam tomando uma mesma “laranjinha”. Claro que pedi um gole. E ela estava ótima, aquecendo por dentro uma barbaridade!! E junto, o indefectível “halls”, para os alunos não perceberem.
E os nossos passeios? Para a Galícia, a Cachoeira, os parreirais, etc.
A pé ou a cavalo, lá íamos nós!
Quanta saudade!!!

Foto 1 - Passeio a Cachoeira - 1979 - Na foto, a querida amiga Alicinha Rosa Damiani, filha do grande músico e compositor Luiz Henrique Rosa, posando para a posteridade. Poderooooosaaaa, não!?! Quem é a figura ao fundo?

E qual é mesmo a distância entre o ponto mais alto da cruz da capela da vila e o piso da mesma?
E o jogo de bilhar? Como explicar para as meninas que aquele jogo não tinha caçapas???
E os novatos que iam atender ao telefone? Ahahah!
Hoje isso ficaria sem sentido: tem telefone na casa!
E a inevitável pergunta: quem sabe datilografar? (acho que, hoje, os jovens nem sabem o que é isso!). Claro que quem sabia até datilografar saberia também limpar os banheiros.
E fazer uma “moldura” no bingo?
A luta de travesseiros no cavalete! Eduardo Reitz e Paulinho Mussi eram invencíveis.
As histórias no sótão, quando “maquiamos” o Meleca (hoje um consagrado professor universitário) e ele entrou no dormitório dos “falantes” e quase os matou do coração. O problema foi fazer o Meleca (Carlos Eduardo) subir até o sótão sozinho, antes da “apresentação”. Quem disse que ele tinha coragem para tanto?
Tem nego que jurava que quando ele tirou a maquiagem ficou mais feio ainda!
E a dupla Raul F. e Raul B.? Quando eles descobriram o código, quase apanhamos.

E, para matar a saudade, algumas fotos atuais, de indivíduos que continuam mantendo aceso o “Espírito de Pinheiral”, como o jovem ex-aluno do colégio e atual estudante universitário Lui Hollebem, que gentilmente enviou fotos mostrando que “a chama continua acesa”.
Abraço a todos e feliz 2010!
Edson (Cebola)



Foto 2 - Claro que a sacada também está muito diferente ...

Foto 3 - observem o piso do ginásio! É taco!!

Foto 4 - A Casa Iluminada - Pinheiral, quem te viu, quem te vê ...


Foto 5 - Marcelinho ,Pinta, Gudi, Edgar, Fejão e Lui (3D - 2008)


Foto 6 - "A famosa foto na escada" - Ronaldão, Augusto, Ramon, Meleca, Marcelinho,
Paulinho, Pedro, José , Kalil, Ana Laura, Marina, Pinta, Bárbara, Stephanie, Lui,
Gudi, Edgar, Fejão, Amanda, Tejo, Mariah e Luiza (3D - 2008)


Foto 7 - Ivo, morador do Pinheiral (será que é o irmão do Angelim?) - depois de muitas e outras...
(a rapaziada continua pegando firme!)


Foto 8 - cabo de guerra no riozinho - a tradição continua.


Foto 9 - presidiário ... Pena que o campo original e o cemitério não existam mais ...

4 comentários:

Casas Antigas disse...

Edson, lendo este teu post, no qual te referes a famosa “laranjinha” batizada com cachaça que o Fedelho, o Siqueira, a gente e tantos outros gostavam, lembrei de um certo Pinheiral no qual apelidei carinhosamente a marvada de “Providência”. Explico: era um Pinheiral misto, no qual também foram ex-alunos, uma raça que tava mais pra se divertir do que participar dos jogos e brincadeiras, daí cada vez que tinha uma atividade sempre faltava esse pessoal, geralmente na venda tomando uma gelada. Então me pedias para ir lá chamar a turma e eu, solicitamente, respondia que podia deixar que iria lá no bar tomar uma providência. Chegando na venda era só bater no balcão e pedir “...anota mais uma providência no caderninho...”. Estórias de Pinheiral, o espírito continua... rss Abraço! Paulinho Mussi

Edson Osni Ramos (Cebola) disse...

É, não é possível confiar em qualquer um (rsrsrs)!!
Paulinho, um dia vamos fazer um livro com o título "histórias e estórias de Pinheiral".
E, claro, não vai faltar aquela em que na giscana se pedia para trazer um porco e você foi no chiqueiro do Ângelo (já falecido) e troxe um porco nas costas. Antes, para "sossegar" o animal, deu-lhe um soco no focinho, botando-o a nocaute, lembra?!
Ahahahah
Abraço
Edson Cebola

Casas Antigas disse...

Pô Cebola, não foi bem assim, mas acho que essa história vai ficar como uma mancha no meu currículo de amigo dos animais (rs). Deixa eu explicar antes que me crucifiquem como um troglodita: ocorreu que o outro animal (o que fez a lista da gincana), pedia um “porquinho” adulto com mais de 80 quilos, fomos lá no Seu Ângelo que era quem tinha o chiqueiro mais perto, foi num dia de chuva, e o mesmo, deve ter sido de sacanagem (sorrizinho no canto da boca), disse que a gente podia pegar o porcão que tava solto no cercado grande. Como eu não tava afim de me estabacar na lama, deixei o pessoal ir na frente e fiquei mais atrás, na retaguarda, entre um lamaçal e a saída do cercado, que tava fechada, óbvio. Na hora que o pessoal cercou o porco e foi tentar agarrá-lo, o bicho se irritou e escapou correndo na minha direção e, eu, com a cerca dum lado, o lamaçal do outro e o porco correndo pra cima de mim em direção a saída, guinchando e mostrando os dentões da frente, soltei-lhe a mão. Foi legítima defesa (rs), juro que não foi premeditado. Puts, em seguida ficou aquele silêncio mortal, todos petrificados com medo que eu tivesse matado o porco. Lembro que depois de amarrar as pernas do bicho o levamos embora ainda tonto em um carrinho de mão, todos quietos, com receio que o Seu Ângelo tivesse visto o acontecido. Só para constar, o porco sobreviveu e foi devolvido acordado e faceiro para o dono, pelo menos foi o que pareceu quando o soltamos e ele saiu correndo da gente. Tempos depois, descobri que era só abanar uma espiga de milho na frente do danado que o mesmo vinha andando atras feito um cachorrinho de madame. Mas na hora, pra ajudar, nunca tem ninguém rss

Unknown disse...

Grande Cebola! Que fantástico encontrar o melhor professor de física que já tive nesse espaço! O velho amigo Brasil (Luiz Carlos) me falou sobre seu blog e as saborosas histórias aqui contidas. Nem eu me lembrava mais da famosa ida ao sótão em Pinheiral. Que tempos aqueles...A vida é cheia de voltas mesmo. Como sabe, fui professor da Giselle na Unisul, aluna brilhante (tal qual a mãe e o pai) e grande pessoa. Atualmente estou na ESAG, onde, de vez em quando, filhos de velhos amigos e professores fazem o curso e, claro, me remetem àqueles saudosos tempos. É o caso, por exemplo, dos dois filhos do Zeno (grande mestre da biologia, hoje um próspero empresário tocando o Instituto MAPA) que fazem juz a cepa. Fraternal Abraço do Meleca!