segunda-feira, 28 de julho de 2008

PINHEIRAL - JULHO 2008

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PINHEIRAL


Edson Osni Ramos (Cebola)


Provavelmente, a maioria dos que foram alunos do Colégio Catarinense, a partir da década de 1960, sabem o significado todo especial desta palavra: Pinheiral.
Muito mais do que um lugar, tornou-se um símbolo de algo bom, que muito auxiliou no crescimento de um sem número de pessoas. Muitas das quais ocupam, ou já ocuparam, cargos de destaque em nossa sociedade.
Em Pinheiral está situada a “Casa da Juventude”, do Colégio Catarinense, onde são desenvolvidas atividades esportivas, de recreação e de vida em comunidade, com os alunos da instituição.

Sou de uma geração privilegiada, que viveu intensamente a década de 1970. Justamente quando o mundo se descortinava a nós, tivemos a ventura de viver muitos “Pinheirais”, brincando e aprendendo, tendo outro tipo de aula, tão ou mais importante do que àquelas ministradas em sala. Aulas de vida em grupo, de socialização, de respeito ao próximo, de ética, enfim, de vida!
Somos da geração que ia a Pinheiral com o Pe. Guido Sthäl, SJ e com o Padre José Montenegro, SJ. Pessoas boníssimas, que travestidas de uma maneira de ser às vezes, rude, tinham um coração imenso e uma igual capacidade de passar bons valores aos alunos.
Fui várias vezes, na turma dos “grandes”, que era de 2 a 27 de janeiro, e na turma dos “pequenos”, de 27 de janeiro até 17 de fevereiro.
Na época, o Colégio Catarinense atendia apenas alunos do sexo masculino, portanto não havia turmas mistas.
Depois, no final dos anos setenta e pela década de oitenta, fui professor do Colégio Catarinense, coordenando um grande número de turmas de finais de semana em Pinheiral. Agora, turmas mistas, com alunos e alunas da centenária instituição de ensino.
Como aprendi em todas essas situações!
Pude conviver com muitos alunos e colegas professores, que se tornaram amigos para a vida toda. Alguns que convivem conosco até os dias atuais, mesmo sem ter mais vínculo profissional com o colégio (o vínculo afetivo perdura, óbvio!) há mais de vinte anos (fui professor do colégio até 1987).
No último final de semana, de 25 a 27 de julho, de 2008, tive a oportunidade de voltar à origem, indo a Pinheiral com uma turma de amigos da época em éramos alunos do colégio.
Que momentos de felicidade!
Constituímos um grupo de quinze “meninos um tanto envelhecidos”, que entre muitas histórias e estórias, recordamos tempos bons, impregnados em nossa memória afetiva.
Somos, hoje, profissionais bem sucedidos, cada qual em seu campo de atividades. Porém, lá no Pinheiral, éramos apenas o que somos: gente! Pessoas que tiveram a oportunidade de crescer e aprender bons valores, que procuramos passar aos filhos e àqueles que conosco convivem, quer na vida pessoal, quer na profissional.
A casa já não é a mesma. A quadra, que depois foi coberta, agora é um confortável ginásio de esportes. A cancha de bocha é outra.
A água do banho não mais é gelada. A lagoa está cercada e existe um alvará da “vigilância sanitária do Estado de Santa Catarina”, permitindo às atividades.
Como se precisasse!

A única coisa na casa que não mudou foi o sótão, de tantas histórias e estórias. E a escada que leva ao mesmo, que continua rangendo a cada passo, como se “o padre que morreu enforcado lá em cima”, que tanto aterrorizava aos incautos, estivesse passando e passando.
Quase esqueço, ainda existe criação de ovelhas e o espirobol!
E o velho vinho da Galícia, que, agora, parece mais próxima – claro, antes íamos a pé!
Valeu a viagem, mesmo com a estrada entre Major Gercino e Pinheiral continuando a mesma, com todas as curvas de outrora.
Valeu a parceria e convivência com um grupo tão especial, que representava todos aqueles com os quais, em outros tempos, tivemos a felicidade de conviver.








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7 comentários:

Denise Muller disse...

Também sou privilegiada... Fui a Pinheiral nos tempos antigos... Que maravilha!!!
Presidiário...Parace q estou segurando a plaquinha...rsrsrs... Estou lembrando tbém do q fui capaz de fazer para um colega se virar...Fiz xixi...Lembras? Valia tudo...
Vc Edson...rindo de mim, só porque qdo copiei a letra da música da minha equipe, escrevi H2O ao invés de água...
A foto na escada... A conta no bar...
Uma vez o Giba(teu irmão), teve a coragem de me levar (Denise Muller) + a Bel (Ungaretti) para sermos monitoras...
Muitas amizades iniciavam em Pinheiral... e muitos amores tbém...
Fico feliz em ter momentos como esse, fazendo parte da minha história... e vc EDSON... era a peça chave nesse evento...

Parabéns!!! Vc é um ser iluminado!!! Que Deus te abençoe sempre!!!
Bjs

Denise Muller disse...

Pinheiral...
Acho que é um sonho...é muito mais que um sonho...
É o amor... que brota nas veias... de um lugar chamado cidade...

Será que é do Marcucci essa letra???

Edson Osni Ramos (Cebola) disse...

Denise, você é um anjo!
E Bel, também!
A letra dessa música está em uma ata, que tenho a cópia.
Vou achá-la para publicar. E é do Leandro, acho!
Beijo prá vocês!
Edson Cebola

Leandro W Marcucci disse...

Oieeee....
Poxa. Nem me falem em saudades. Eramos felizes, sabiamos disso e hoje em dia, adoro relembrar estes momentos.

Tive a oportunidade de conviver com pessoas maravilhosas.

Fiz até algumas músicas em parceria. Com a Daniela, com o Edson, com o Giba e outros...

Se um dia marcarem algo, me liguem.

Forte abraço a todos.

Leandro W Marcucci
(48) 9981-5447

fedelho disse...

Cebola, você hoje me emocionou lembrando Pinheiral.A última vez que estive lá foi há 12anos. Fomos eu, Sane (esposa) e Dani (filha). Quando estávamos subindo a serra, sabe de quem eu me lembrei?????? Da Gisele (tua filha), porque a Dani (4 anos) vomitou o carro todo e eu acompanhei ela. Só quem podia vomitar em mim era a Gisele e agora também a Dani.
Só para lembrar: "De repente surge a turma que vem pra montanha, caminho do paraíso, vem trazendo a esperança de uma lembrança, criança sorrindo, de repente o colorido se transforma em riso da mãe natureza. Pinheiral. Pinheiral paz e lindo, carregas contigo a mão de um amigo..."

Beijos e abraço

Fedelho (Joel)

Unknown disse...

Uma viagem no tempo este blog!!! Também me lembro de caçar girino no lago, de comer rã pensando que era galinha, de atravessar o lago com a canoa lotada de gente, do Pe. Guido cantado uma música "É meia noite...", do espirobol, das cavalgadas ... Nossa, muita coisa boa!!!
Cebola, que bom poder trazer à tona todas essas boas recordações.
Obrigada!!!
Simone E. de Oliveira

Edson Osni Ramos (Cebola) disse...

O Fedelho se foi!
Quando a gente é jovem, vai acumulando coisas na vida: conhecimento, atividades e, principalmente, pessoas.
Pessoas das quais nos aproximamos ou que de nós se aproximam.
Amigos, amores.
Com a maturidade, começam as perdas. Não mais conseguimos correr como antes, nem passar tantas noites acordados, zoando da vida.
Então, começamos as perdas: pessoas que se vão, ficando apenas em nossaos corações.
Pois hoje o Joel (Fedelho) se foi.
É mais um pedacinho de nós que vai para o céu!
Até um dia, mô querido!