Pinheiral: palavra mágica para alunos do "colégio" (Catarinense).
Isso era um fato incontestável no final dos anos setenta e início dos anos oitenta. Claro que os pais não entendiam exatamente aquela mística do "pinheiral".
Um ônibus de péssima qualidade, quando não um caminhão de "pau-de-arara" levava os alunos para a "colônia de férias" do colégio.
Um grupo de dirigentes que, não raras vezes, eram rudes e grosseiros (e isso inclui os veneráveis jesuítas que participavam do processo) coordenava os trabalhos. A comida era de qualidade no mínimo duvidosa. E as acomodações, como direi, precárias.
Quem de nós, que conviveu com o Pe Guido Sthäl (Guidão) ou com o Pe. José Montenegro esqueceu dos mesmos? Claro que lembramos com carinhos desses gigantes jesuítas, que dignificaram seus sacerdócios! E, depois, não podemos esquecer do "ermão Evaldo", como diziam os "pinheiralenses".
Hoje, quando leio nos jornais notícias terríveis sobre a Igreja de Roma, sobre padres que não dignificam seus sacerdócios, lembro do Montenegro e do Guidão. Assim permaneço acreditando na humanidade!
Sou um misto de cristão e judeu, alguma coisa híbrida, mas creio em Deus. Não me importa o nome com o qual a gente se refira a Ele. Mas sei que se a gente pensar nos trabalhos realizados pelo Guido e pelo Montenegro, certamente pensaremos :"Deus existe!". E esses "caras" são representantes Dele junto a nós!
Fui a Pinheiral muitas vezes. Como aluno e como professor do Colégio Catarinense. Tive como referêncial, enquanto aluno, principalmente o Pe Guido, o Guidão. Mas também lembro com muito carinho de outros, que foram importantes em minha formação como indivíduo. De alguns, que foram como dirigentes quando fui como aluno, ainda lembro o nome. Os a época jesuítas, não sei se ainda permanecem: Pauli, Pedro Gomes, Atalíbio Schneider (o Ataliba), João Gonzaga, Balduíno, Salézio, Ivo Hoffmannn, etc.
De todos, lembro com carinho. Com alguns convivi mais, com outros, menos. Alguns, consegui manter contato tempos depois, como o grande Salésio. Um indivíduo absolutamente espetacular, com um coração enorme. Muitas vezes entrei em choque com ele, provavelmente ele não vai lembrar, se ler essas linhas, mas eu lembro com saudade. Muito aprendi com todos esses. Citei o Salésio porque todos diziam que eu era tão "grosso" quanto ele (que bobagem, sempre fui mais, rsrsrs!). Ele era aquele indivíduo que todos nós, adolescentes com doze ou treze anos, tínhamos como referência. Como o João Gonzaga era no que se referia ao esporte - meu ídolo no Colegial. Mais tarde vieram o Pedro Gomes, o Mira, que já faleceu, e outros.
Depois tive vários companheiros inesquecíveis, nos muitos Pinheirais que participei como professor do Colégio Catarinense
E aqui uma homenagem a Mariza, minha companheira desde 1981, quando casamos - na época ela, que foi minha aluno no Catarinense, tinha 19 anos e eu, 24. Sempre entendeu meu fascínio pelo Pinheiral - e sempre foi junto comigo, mesmo depois do nascimento de nossa Giselle, em dezembro de 1982.
Também minha eterna gratidão aos queridos amigos que auxiliaram na coordenação da turmas que levei como responsável. Além do Pe. Guido, os meus ex-alunos (e inesquecíveis amigos) Fedelho (Joel Gomes Filho - neto do Major Gercino, que deu nome ao lugar) e Siqueira (Paulo Roberto Siqueira), precocemente falecidos.
É impensável, aos participantes dos "Pinheirais" da segunda metade dos anos setenta e primeira metade dos anos oitenta, falar em Pinheiral e não lembrar deles.
Ainda cito outros "gigantes", que mantiveram o "espírito" do Pinheiral e que dedicaram muitos de seus finais se semana, mesmo após deixarem de ser alunos do Colégio Catarinense, a acompnharem alunos na atividade. Mesmo sem nenhuma remuneração financeira, mas pela alegria do trabalho em si.
Cito o querido Murilo Veiga, hoje médico geriatra, com um coração tão grande quanto seu tamanho, que muito participou dos "nossos" pinheirais. E, ainda, o Sapo (Gabriel Pereira Filho), a Grazi (Dias Alpersted), o Cogumelo (Carlos Augusto Alpersted = Guto), o Paulinho (Paulo Mussi), o Raulzinho (Gomes Filho - que de há muito não tenho contato), o Débil (Marcelo Galvão Fogaça de Almeida), o Giba, meu irmão - (Gilberto José Ramos), o Édio Assis Füchter (hoje empresário bem sucedido e campeão de rallye - que tem uma história memorável, de um tombo no dormitório, que um dia vou contar a vocês) e outros.
E não posso esquecer a história do então Frater João, hoje Pe. João Cláudio, diretor Geral do Colégio Carinense. Pois em (acho!) 1971 o (então) Frater João auxiliava o Pe. Guido em uma "turma de pequenos" em Pinheiral. Ficávamos de 27 de janeiro a 17 de fevereiro, só meninos. Eram férias inesquecíveis!
A turma era dividida em quatro equipes e havia um campeonato "de tudo". Desde futebol de campo (1º e 2º times), voley, basquete, futebol de salão (nada de futsal, para nós era futebol de salão mesmo - e não valia gol de dentro da área). Também havia "dedão", "ataque a casa", "acampamento", "caçador", "presidiário" e outros.
Foto 1 - Pinheiral da Enchente - julho/83 - Atrás, da esquerda para a direita: Simone Espíndola, Roseana Rilla e Joyce Koerich. Depois, Kitty Alpersted, Aninha Berenhauser e (?). Na frente: Graziela Dias (Alpersted), Mônica Morro (Lemos), Karla Stefani (Cardoso) - com minha Giselle no colo, Giovana, Guta e Karoline.
Foto 2 - Pinheiral da Enchente - julho/83 - Maria Regina Borba, Roseana Rilla, Cláudia Ferro Kalafatás (Pulga), Guta Probst e outras . Por favor, ajudeno-nos a identificar as demais.


Ainda na foto: Paulo Brincas, Roberto mello, Jorge Lima, Aldo, Carreirão, Mesquita, Cristina Gadelha e outros. Quem são os outros??



Foto 7 - esta certamente é do Pinheiral da Enchente. o Frango e o Pésão (Prof. Cesar Mauro Cardoso) coordenam a foto.
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